terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tudo de verdade



Desfarçadamente, abaixou o livro, olhando por cima dos óculos e dando um sorriso discreto com o canto dos lábios. Conhecia aquele andar, só podia ser ele! "É ele, é ele". Animou-se, ajeitando-se na cadeira, mas uns fios caíam-lhe sobre a face corada, mesmo que ela os retirassem. Passou a mão no rosto, como se isso fosse desfarçar a vermelhidão. Abaixou a cabeça, tentando voltar a ler o seu livro, mas não se concentrava. Foi quando um barulho a fez erguer a cabeça. Não podia ser! Ele puxara a cadeira e estava ali, sentado de frente a ela a encarar-lhe, sorrindo.

-Oi - ele sorriu para ela quando olhou-o assustada.

Ela gaguejou, sorriu, tirou a franja do rosto, suspirou, abaixou a cabeça, ergueu-a, gesticulou, mas nada saiu. Ela não conseguia falar ali, de frente a ele. Então ele pôs a mão sobre a dela e, olhando-a nos olhos, perguntou se estava tudo bem.

-Não.. - ela murmurou, mas ao ver que o rapaz havia se assustado, concertou-se - .. Eu... Só estou um pouco tonta. - Levantou-se mas, com as pernas tremendo, desequilibrou-se e quase caía, mas ele a segurou. - Obrigada, Matheus...

Ele sorriu, mas logo desfez o sorriso, dando lugar a uma expressão preocupada. Disse que não deixaria ela voltar sozinha para casa e convidou-a a sair da biblioteca, mas ela negou-se. Precisou insistir, segurando-lhe as duas mãos. "Vamos, Lara". Então, ela cedeu e resolveu ir, ele argumentou que deveria ser pressão baixa e levou-a a uma lanchonete. "Vai sair comigo". O coração dela disparou ao ouvi-lo e então, abaixou a cabeça com o rosto corado.

Foram até uma lanchonete bem próxima dali, mas ela não queria comer nada, não queria conversar, apenas olhava-o comer um hamburguer e tomar rapidamente o refrigente distraidamente, enquando olhava para o lado de fora sem se dar conta de que ela o encarava. Então, percebeu.

- Por que não quer comer, Lara? - Rindo, passou o dedo de catchup no nariz da garota, fazendo-a rir genuinamente pela primeira vez.

- Sem vontade... - ela pegou o guardanapo e limpou o nariz, ainda olhando-o e então, ele balançou a cabeça para os lados e colocou a mão sobre a cabeça dela.

-Por isso que estava tonta: porque não come!

- Não, não é isso... - ela abaixou a cabeça com o rosto vermelho, apoiando as mãos nos joelhos e empurrando-os um contra o outro pensando no que dizer.

- Claro que é isso! O que mais poderia ser? - ele olha-a, franzindo a testa, intrigado.

- Eu... Eu... Eu gosto de você, Matheus! Desde a primeira vez que o vi na biblioteca, desde que começamos a conversar, desde que notei o quanto é inteligente e sensivel... e incrível! Mesmo sem você nunca ter se interessado por mim, eu sempre gostei de você! Gosto a tempo e não minto: nestas últimas semanas, não passei um dia sem pensar em você! Sei que nunca vai olhar pra mim com outros olhos e eu sou só uma garota timida então, nunca vou ter chance, mas precisava falar porque está sendo tão bonzinho comigo então...

Ela não pode concluir: Matheus estava de pé, com o corpo próximo ao dela, as duas mãos no rosto da garota e os seus lábios próximos ao dela. - Não fala mais nada, Lara, eu sinto o mesmo. - Beijou-a.

Lara segurava-se na cadeira, os olhos fechados, experimentando todas as sensações possiveis que variavam entre extase e alegria, enquanto estava ali, sendo abraçada e beijada por um garoto incrível, por um garoto inteligente, que falava sobre política, que fazia ela rir e tremer de ansiedade e timidez.

- Eu adoro quando fica assim, vermelha. - Matheus olhou-a nos olhos e acariciou-lhe o rosto. - Na verdade, adoro tudo em você, Lara.

O coração dela não poderia estar mais acelerado e a alegria não podia ser contida, precisava explodir então, ela abraçou-o com força.

- Não quero que isto tenha fim! - Ela disse num impulso, fechando os olhos com força.

- Não vai. Você vai ser a minha namorada pra sempre. - Matheus apertou o abraço.

- Namo.. - Lara abriu os olhos, sentindo seu coração disparar.

- Namorada. - Matheus sorriu e tornou a olha-la nos olhos. - Você é linda, sabia?

Lara riu, nervosa e abaixou a cabeça com o rosto corado. Só podia ser sonho! Mas por que então ela se beliscava e não acordava? Era a felicidade vindo chamá-la e ela resolveu aceitar o convite e também aceitou o convite de Matheus de sair a noite para olhar as estrelas. Era o começo de tudo, o resultado de sorrisos, de cócegas, de conversas descontraídas e conversas sérias... Paixão!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ás vezes..

é como se me faltasse o ar. Bom, eu me perco, fico sem chão. Estranho como poucos parecem se importar genuinamente com os meus sentimentos, mas já não me importo muito quanto à isso. As estrelas continuam no céu a olhar para mim e elas me inspiram. São as criaturas mais brilhantes que já vi em toda a minha vida... Elas nunca me deixaram sozinha, sei que posso olhar para o céu e encontrá-las, do mesmo modo que posso olhar para o meu lado e encontrar os meus verdadeiros amigos :3

Pela primeira vez

Olha ao redor, vê que nada está do jeito que deixou. O quarto está empoeirado, sua cama não está forrada, como deixara e o travesseiro, junto com os ursos de pelúcia estão espalhados pelo chão. Não resta muitas alternativas a não ser, arrumar tudo, mas resolve dentro de si que não deixaria como outrora estava, faria mudanças, faria revoluções e assim o fez. A partir daquele dia, passou a sorrir mais, nada tirava o singelo rosto de seu sorriso, embora tivesse preocupações, erguia a cabeça, enfrentava os problemas assim como se enfrenta um dia de chuva quando se precisa sair de casa. Aprendeu a lutar. Aprendeu a crescer. Não era mais a criança de sempre, a arrumação que fizera no quarto de sua mente a ajudara a enxergar o mundo de outra forma. Mas, não continuou assim por muito tempo.

Alguns dias depois encontrou o tal antigo amor, aquele que o fizera sofrer e chorar tanto, que lhe tirara o sono e fizera com que escrevesse poesias mesmo isso não fazendo seu tipo. Correu o mais rápido que pode e enfiou-se em casa, chorando. Com as mãos trêmulas, escondeu o rosto e foi até o seu quarto para que ninguém visse que estava daquele jeito... Para que ninguém visse que a fortaleza, a torre estava frágil. Chorou. Chorou como se estivesse completamente sangrando e foi, aos poucos, torcendo a sua dor até que as lágrimas não mais restaram em si e pôde enxergar, através da janela fechada de seu quarto, uma luz forte. Foi até ela e abriu-a, sentindo os raios de sol em seu rosto. Já não era a mesma. Crescera. Tivera de aprender a ser como adulto, mesmo tendo apenas 16, mas tinha dado o seu melhor e tinha consciência disso. Foi no banheiro e lavou o rosto. Saiu.

Semanas depois, lá estava rindo, correndo pela rua de mãos dadas com uma amiga. Pôde enxergar além de tudo o que antes previra, havia descoberto algo que supera tudo, algo que muda, que move montanhas, quebra preconceitos: o verdadeiro amor. Amor de verdade, parte de um abraço, um carinho, um sorriso sincero... essas coisas vem com o tempo e surgem de amizades. Olhando nos olhos de sua amiga, disse que jamais a deixaria, que estaria sempre ali, que seria forte por ela e lutaria contra seus fantasmas para que pudesse suportar. E fariam isso juntas. Prometeu silenciosamente que cresceria de verdade, nada mais faria com que ela regredisse. A vida deve ser vivida, aproveitada, precisamos sorrir todos os sorrisos.

Foi assim, que aprendeu o segredo da verdadeira felicidade, a verdadeira mudança, o espírito correto da coisa. Os sonhos continuariam e não deixaria de se apaixonar, de correr, de tentar. Sabia que iria cair, mas não se deixaria abater, iria levantar-se sempre. Iria ser grande, pela primeira vez.





escrito pela Tetty :D

domingo, 21 de agosto de 2011

Promise the Stars (Prometer as estrelas) - we the kings


Vamos decolar e voar
E correr pelo céu
E como as centenas de aviões
Estamos flutuando cada vez mais alto

Nunca olharemos para baixo
Vamos construir nossa própria cidade
E como as milhares de nuvens
Nunca tocaremos o chão

Mas você arriscaria alguns ossos quebrados
Apenas para fazer deste lugar o seu lar?
Esse poderia ser nosso lar

Bem, talvez eu esteja muito baixo
Talvez eu esteja muito alto
Talvez eu tenha perdido a cabeça
Você sabe que não há outros dois corações
Mais próximos que os nossos
Talvez você me siga
Talvez você fique
Estou rezando para você não se entregar
Você sabe que é a única
A quem eu prometeria as estrelas
Você é

Com as suas mãos nas minhas
Nós vamos navegar pela noite
E como as dezenas de naves espaciais
Vamos dançar com satélites

Nós manteremos nossos olhos fechados
E não vamos nos soltar
E com os milhões de estrelas
Nunca estaremos sozinhos

Mas você arriscaria alguns ossos quebrados
Apenas para fazer deste lugar o seu lar?
Esse poderia ser nosso lar

Bem, talvez eu esteja muito baixo
Talvez eu esteja muito alto
Talvez eu tenha perdido a cabeça
Você sabe que não há outros dois corações
Mais próximos que os nossos
Talvez você me siga
Talvez você fique
Estou rezando para você não se entregar
Você sabe que é a única
A quem eu prometeria as estrelas
Você é

E eu, eu
Quero você, meu único amor
E eu, eu
Quero você, meu único amor

Bem, talvez eu esteja muito baixo
Talvez eu esteja muito alto
Talvez eu tenha perdido a cabeça
Você sabe que não há outros dois corações
Mais próximos que os nossos
Talvez você me siga
Talvez você fique
Estou rezando para você não se entregar
Você sabe que é a única
A quem eu prometeria as estrelas (X3)





domingo, 24 de julho de 2011



Menina, você vai fazer falta, sabia? Sua voz inconfundível, o estilo e aquele sorriso que custava a aparecer, mas quando aparecia... cara... iluminava mundos! Porque você não foi modinha, você foi para quem realmente curtia música boa, para quem conseguia ver em você além das loucuras, além das tatoos, além do cabelo, além do vício das drogas... Era... Ou melhor, é, para aqueles que não veem em você uma drogada, mas uma cantora talentosa, que precisava de ajuda. Mas tenho esperança de que sua voz jamais morrerá!

sábado, 18 de junho de 2011

Finalmente...

férias! Achei que essa porcaria não ia ter fim. Na verdade, este ano está sendo [ com vossa desculpa] um ano atormentado pelo capeta, porque não é possivel! Mas enfim, né.

Falando seriamente aqui, tantos obstáculos a serem pulados, que estou muito cansada e estava realmente precisando de férias, de aposentar a mochila cor-de-rosa, o uniforme chato, a sala barulhenta e o colegio entediante... Fatigante! Ia ser bom se desse para tirar férias das pessoas, daí seria ainda melhor, não acham? Eu acredito que sim... Não sei, né, tem gente que gosta de gente enquanto eu, sou super antissocial e claustrofóbica [se ser antissocial já não fosse o suficiente].

Ah, se todos os problemas mundias pudessem ser resolvidos apenas com férias! Puff, eu e essa minha conversa surrada de resolver os problemas mundias... Tão irritante! Pareço político, às vezes, de tanta repetição e essa busca incansável por soluções. Ah, e o extremo pessimismo... Aiai... mas isso é conversa para outro dia. Hoje não, hoje não quero expressar minha tristeza, nem minha revolta com o mundo. Só quero ficar contente por estar de férias e isso já é de bom tamanho!

E para voces que ainda não estao de ferias... MORRAM DE INVEJA, GENTE FEIA! eh isso aí



beijo beijo babado em suas bochechas gordas e macias :3

domingo, 1 de maio de 2011

nyaaaaa que saudades de postar aqui *--* saudade dos meus queridos leitores [que são poucos -fato] mas enfim!!!!
AAA estive fazendo simulado no colégio, uma loucura! Estudando, resolvendo algumas coisas,bom,ando meio sem tempo e acabei deixando o notebook com minha irmã e ela apagou muita coisa que tinha aqui, incluindo o meu livro ¬¬' mas tudo bem! Prometo nao deixar ninguem na mão, eu vou tentar re-escrever tudo direitinho outra vez
Fica um graaaaande beijo
kisu kisu até mais

segunda-feira, 21 de março de 2011

Motivo ( Cecilia Meireles)

Eu canto porque o instante existe
e minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste:sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou edifico,
se permaneço ou me desfaço
,- não sei, não sei.
Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada
.E sei que um dia estarei mudo:
- mais nada

quarta-feira, 16 de março de 2011

Amor dolorido

Sinto falta de algo que nunca tive
Do abraço que eu nunca ganhei
De uma pessoa com quem não andei

Choro por alguém que está distante
Por um coração que desconhece minha existencia
Choro porque perdi a paciência

Deixo escapar suspiros desesperados
Fecho os olhos imaginando-me em seus braços
Sinto nossos sonhos sendo entrelaçados

Sou tola o suficiente para amar assim
Tenho o velho e vil coração partido
Escolhi um jeito de amar muito dolorido

sexta-feira, 11 de março de 2011

III continuação

Escutei atentamente a musica, aquela foi a musica que ela fez para um amigo, por quem era apaixonada e que acabou morrendo de câncer há quase três anos atrás e agora cantava para mim. Ao terminar, sorri, bati palmas, minha pulsação estava a mil.

- Essa música tem o estilo bem diferente do estilo da banda, não é? – Perguntei, olhando ela sorrir para mim.

- É verdade. Fiz quando tinha treze anos e o Jake ainda era vivo. Pensei que ele sobreviveria, mas não dei o apoio suficiente e então ele morreu por minha culpa. – Coke parou por um tempo de cabeça baixa e seu sorriso transformou-se numa expressão triste e então, ela olhou para mim de repente - Não quero que aconteça a mesma coisa com você e agora que te conheço e sei o quanto você é legal, vou fazer de tudo pra te convencer que você não merece sofrer e que isso vai passar.

-Tudo bem. – Disse baixo, ouvindo os soluços da garota.

- Fico preocupada, não quero ter sentimentos de culpa mais fortes. – Ela disse me olhando e forçando um sorriso.

- Tudo bem, tudo bem. – Disse sem saber direito o que falava.

Ela então se levantou e sorriu para mim, passando a mão no rosto e secando as lagrimas. Fez uma careta boba e então começamos a rir.

- Não acredito, cara, você canta muito melhor ao vivo. – Eu olhava para ela, rindo. – Gostei de ter vindo.

- Sua irmã é bem convincente e eu não tinha mesmo que fazer por aqui. – Coke deu de ombros, rindo – Os garotos que estavam procurando gostosonas por aí.

- Minha irmã é mesmo convincente. – Achei a resposta dela engraçada e ri.

- Agora, eu que virei sua fã. – Coke disse sorrindo – e vejo que seremos grandes amigos. Você irá me ligar, eu ligarei pra você, nos encontraremos em shows e vou te encher para sempre. E quando você estiver bom, me avise e eu vou mandar muitos chocolates pra você. – Ela ria, parecendo uma criança e parecia bastante animada. – O que acha?

- Eu acho muito bom. Principalmente a parte dos chocolates. – Disse sorridente.

- E você vai me ligar e mandar presentes, não vai? E tem de ir me visitar e me ver em shows. – Ela disse sorrindo, olhando para mim, animadíssima.

- Claro.

-Isso aí, Matt. – Coke sorriu passando as mãos nos meus cabelos e bagunçando-os.

- Mas não quero que perca seu tempo com um garoto que tem os dias contados...

- Nunca mais diga isso, ouviu bem? – Ela disse, interrompendo-me, com a voz imperativa. – Você ainda vai viver bastante, tem só dezenove, tem muito o que viver, muitas garotas para namorar, muitos sonhos a construir, tem uma irmã linda, que suportou chuva e me disse coisas lindas, que me convenceram a vir te ver. Então, não faça isso tudo ser em vão. – Coke sorriu, olhando-me nos olhos.

- Tudo bem. – Estava surpreso com tudo o que ela havia me dito e estava meditando em tudo, enquanto ela falava e vi que realmente tinha até razão. – Você tem razão, Coke, obrigada, mas é que não agüento esses problemas que aparecem do nada.

- Mas vai dar tudo certo, Matt, você verá que vai dar tudo certo e eu estarei do seu lado sempre. – Ela tomou as minhas mãos nas dela e me olhou nos olhos sorrindo. – Eu estou contigo, tá?

Sorri. Ela conseguiu fazer com que eu deixasse de ser o grosso idiota que ela tinha encontrado quando entrou no quarto.



Mattew Robert Williams

III continuação

- Há quanto tempo está aqui? – Ela perguntou quebrando o silencio.

- Uma semana, eu acho.

- Pouco tempo. E vai ficar aqui por pouco tempo também. É isso aí! – Ela sorriu, levantando os braços . – Vou vir aqui todos os dias, para ver você e espero que fique bom antes de eu ter de voltar. É uma promessa!

- Você faz o que quer.

- Isso. E eu quero ver você.

- Oh, que maravilha. – Disse ironicamente.

- Por que é assim?

- Assim como?

- Ah, esquece. – Ela passou as duas mãos nos cabelos, bagunçando-os.

- Desculpa eu ficar agindo feito idiota. É que você não sabe o quanto é insuportável ficar aqui neste hospital sem saber porque droga estou aqui. E além do mais, não sou o fã obcecado, que gosta de agarrar o ídolo, que você “tá” acostumado.

Coke me olhou com a boca entreaberta, assustada. Os olhos dela encheram-se de lágrimas e ela fez um gesto para levantar-se, mas estava tão tensa que não conseguiu se levantar. Mas logo sorriu para mim, colocando a mão no meu braço, dando um tapa de leve.

- Eu não te culpo, ta? – Ela tirou a mão do meu braço e apertou um pouco os olhos.

- Tudo bem, você teve maior boa vontade de vir, eu deveria ser mais agradável então... – Fiz uma pausa curta – A senhorita gostaria de ter uma conversa intelectual comigo?

Começamos a rir e então paramos um pouco a olhar um para o outro. Eu não acreditava que tinha sido tão grosso com uma pessoa tão amigável.

- Ah, isso é bom.

-Não leve isso a sério, garota. – Rindo, me ajeitei na cadeira.

- Não é isso. – Ela passava a mão sobre a minha mão e não tinha reparado. – Não precisa bancar o durão comigo, ok?

– OK. Gostei muito de você ter vindo aqui. Você até que é bastante legal.

- Você também é legal Matt. – Coke sorriu e, pegando o seu violão que estava logo ao lado, colocou-o no colo. – Trouxe o meu violão para tocar uma musica pra você.

- Poxa, que legal. – Peguei o celular sobre a mesinha, liguei a câmera e comecei a filmar. – Estou filmando.

Coke sorriu tímida, acenou para a câmera e abaixou a cabeça, pensando em algo. Parou por alguns instantes e logo começou a tocar e a cantar:

Talvez tudo esteja como está

Porque não ensinaram as rosas como falar

Para que elas dissessem poesias pra salvar mundos

Mas talvez, mesmo assim, escapassem pelos fundos

Deixaram abertas as portas dos fundos da casa

Tudo parece estar assombrado

A dor espalhou-se; está em todo lado

Sei que agora está caído, mas quero que levante

Vou estar aqui dando forças pra seguir adiante

Você tem fé e precisa prosseguir

Pra no final dizer à dor “eu venci”

Não tenha medo, estarei ao seu lado

E não há nada que irá te impedir de ser amado

Se não conseguir andar, vamos nos arrastar

Estarei sempre por perto quando chorar

E quando a dor ferir seu coração

Eu virei e cantarei para você uma nova canção

Mesmo que o numero de quedas seja mais que um milhão

Sempre deixe abertas as portas desse seu coração

Você vai ter uma força que desconhecerá

E eu entenderei porque é tão bom lhe amar

Assim estaremos seguros dentro de uma caverna

Eu e você, sob a luz do luar e da lanterna

E eu entenderei porque é tão bom lhe amar

III

- Irmãozinho! – Emma gritou, abrindo a porta e entrando no quarto.

Eu estava sentado na cama, assistindo TV, aborrecido por não ter conseguido ver ninguém da família ainda. Mamãe e papai estavam no trabalho e a Emma sumira desde cedo.

- Emy, como é bom ver você, maninha. – Disse sorrindo.

Emma lançou-se em meus braços, beijando-me a bochecha com força e segurou meu rosto com as duas mãos, olhando-me nos olhos.

- Como você está? Senti tanto a sua falta, Matt.

- Eu estou bem e sem tontura. – Sorri e coloquei minhas mãos também no rostinho dela, olhando-a nos olhos. – Também senti falta de você. O que esteve fazendo dia inteiro?

- Preparando uma surpresa para você. – Emma disse sorrindo e descendo da cama. – Agora, fecha os olhos.

- O que andou aprontando, hein?

- Fecha logo, Matt.

- Tudo bem. – Sorrindo e curioso, fechei os olhos com força.

- Pode vir. – Emma disse baixinho, num sussurro. – Agora abre, Matt.

Quando abri os olhos, vi algo que não pude acreditar e então, fechei novamente os olhos com força e abri mais uma vez, olhando para a garota à minha frente de cabelos tingidos de vermelho, um olho cor de mel e outro verde, jaqueta de couro, jeans desbotado, tênis e um sorriso tímido no rosto. Era a Coke, a vocalista da minha banda favorita. Ela estava ali, diante de mim e eu não conseguia mexer nenhum músculo. Olhava para ela com ar de espanto e com os lábios entreabertos.

- Oi. – Ela disse sorrindo e acenando para mim, chegando perto da minha cama e tomando minha mão nas suas.

- Oi.

Estava espantado e perguntava a mim mesmo porque ela estava lá; “talvez a Emma tivesse insistindo tanto que ela resolveu ir ou a adolescente punk havia se comovido com a história” ri dessa ultima possibilidade. “Fala sério”.

Coke sorriu.

- Sou a Funny, mas me chamam de Fun, ou de Coke mesmo. Você... Pode chamar do que quiser, quer dizer... Chame do que achar melhor... Ah... – Coke abaixou a cabeça, parecia um pouco embaraçada, enquanto passava a mão na nuca e voltava a olhar para mim e sorri.

- A Emma pagou quanto pra você vir aqui? – Disse tentando manter a pose de durão, mas tinha esquecido de que estava doente, na cama, sem saber o que tinha porque minha querida mãezinha estava escondendo a porcaria do problema de mim.

- Cara, foi grana preta. – Ela abriu um extenso sorriso e sentou-se na cadeira ao lado da minha cama. -Quantos anos você tem? Sua irmã disse que já faz faculdade.

- É. Tenho dezenove. É meu terceiro ano de faculdade. – Sorri passando a mão nos cabelos, meio sem jeito ainda. –

- Ah... Eu tenho dezessete.

- É ?

Coke olhou para mim frustrada e tentou disfarçar a frustração com um sorriso estranho, que quase pareceu uma careta.

Soneto de amor maior

Ai, coração ingrato, que sangra chorando
A dor correndo, o pranto brotando
Ai, meu amado, que vejo tão distante
De pensar que não o tive em nenhum instante

Pobre de mim, humilde mortal
Deveria saber que seria igual
Que amor para mim, é proibido
Agora estou aqui, de coração partido!

Raios, tempestades, forças da natureza!
Arranquem a vida de mim, com frieza
Prefiro morrer a viver sem o meu amado

E, morrendo eu em tal incidente
Estarei livre deste coração doente
E então, morrerei feliz, morrerei de amor

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

II continuação

Ao chegarmos ao quarto, mostrei a ela o banheiro e fiquei a esperá-la sentada em minha cama, olhando para o teto e pensando em tudo o que a garota havia me dito. “Um fã com problema sério. Isso me deixa bastante preocupada. E que garota maravilhosa é essa? Fazendo tudo isso pelo irmão doente! Preciso recompensar tudo isso. Estou me sentindo obrigada a fazer o máximo em ajudá-lo.”

- Quantos anos você tem? – Perguntei à ela enquanto ainda vestia-se no banheiro. – Pode deixar a roupa aí no cantinho.

- Tenho onze. – Ela disse saindo do banheiro com o cabelo preso em um rabo de cavalo um pouco desgrenhado e com a manga da camisa dobrada até os cotovelos.

- Tem um rostinho lindo. – Sorri, segurando no queixo dela e, levantando-me. – Tenho um short aqui, que vai dar certinho em você. – Disse e fui ate minhas malas, revirando as coisas.

Usava aquele short apenas quando estava muito quente, porque preferia mesmo jeans folgado e tênis.

- Aqui. – Voltei e entreguei o short preto a ela. – Vai ficar uma bermuda. – Sorri.

- Obrigada mesmo. – Emma vestiu o short e sorriu para mim. – tchan nan!

Sorri e abracei-a dizendo que estava linda e estava realmente. De mãos dadas, voltamos à sala sob os olhares curiosos dos garotos.

- Ainda está chovendo? – Perguntei.

- Não, parou de chover, tem uns cinco minutos. – O Mike disse. – Como está linda!

Olhei para Emma e ela sorria de um jeito tímido, de cabeça baixa e com as maçãs do rosto um pouco coradas.

- Vou com a Emma ver o irmão dela. Amanhã o Mike vai comigo. – Disse decidida e sorridente.

- Agora? – O Robbie olhou para mim assustado.

- Sim. Agora mesmo. Pronta, Emma? – Olhei para a garota e sorri.

- Prontíssima. Não vejo a hora de mostrar meu irmão a você. – Emma disse animadíssima.

- Então vamos. – Disse.

- Não vai dirigindo não, né? – Mike disse preocupado.

- Não, vamos pegar um táxi. – Eu disse rindo, pegando o guarda-chuva e um casaco seco; abracei a Emma e fui conduzindo-a para fora.





Funny Richard Taylor

II

Joguei-me no sofá, com os braços abertos e os olhos fechados. Respirando profundamente, descansando o corpo, pela primeira vez em dias.

- Voltou, Fun! Como foi o passeio? – Mike jogou-se ao meu lado, passando o braço sobre os meus ombros, abraçando-me.

- Foi bem legal, na verdade, o de sempre: fotógrafos, gente maneira, gente não tão maneira, gente desprezível, paparazzi. Não sabia que existia paparazzi para banda de rock. – Abri os olhos cansados e olhei para o Mike, arqueando as sombrancelhas.

- Mas eles fazem de tudo pra ganhar dinheiro, mano. Você sabe, Fun, não sei por que se surpreende! – Mike olhou para mim.

- É, eu sei. Tem maior galera aí na porta, né?

- É. – Mike levantou-se e rindo, estendeu a mão para mim – a senhorita me daria à honra de me acompanhar até a janela para ver os nossos belíssimos fãs?

- Claro, senhor Michael. – Segurei a mão do Mike, com ar de riso e caminhamos até a janela, abrindo-a para olharmos as pessoas que esperavam-nos lá embaixo.

Acabei por me surpreender com uma garotinha, que estava sentada no chão, lá embaixo, debaixo daquela chuva gelada. Olhei para o Mike,preocupada, peguei meu guarda-chuva, vesti meu casaco, colocando o capuz sobre a cabeça.

- Para onde está indo? – O Mike disse, quando eu segurei na maçaneta, para abrir a porta. – A turma chega daqui a pouco.

- Vou lá embaixo. – Disse, abrindo a porta.

- Mas está chovendo e tem maior galera lá. – O Mike me olhava com um olhar desesperado.

- Por isso mesmo! Já volto! – Saí correndo, passando pelos corredores, peguei o elevador, que tinha quatro pessoas dentro e então, abaixei a cabeça, fiz o que pude para não me reconhecerem e, quando a porta abriu, corri para fora, passando pelos seguranças e me metendo entre a multidão, procurando a garotinha.

Estava um pouco difícil, porque me carregavam para tirar foto, dar autógrafo, perguntar quando eu voltava e eu me esforçava em dar atenção a todos, não querendo ser grossa, sempre tentando ser educada, sorrindo e então, no meio da multidão, vi a garotinha sentada no passeio, toda molhada. Caminhei até ela e sorri, tentando ser amigável, abrindo o guarda-chuva.

- Ei, baixinha, como é teu nome?

- Emma. Você é a Coke, né?

- Sou sim. – Respondi, estendendo a mão para ajuda-la a levantar-se.

- Você é bem mais bonita assim. – A garota sorriu, levantando-se.

- Vem comigo, vamos sair dessa chuva. – Abracei-a colocando a garota sob meu guarda-chuva, corri com ela para dentro do quarto e logo estava de volta.

- Voltou, Fun. Eu estava preocupado! – Luk, veio até mim e tirou o meu casaco molhado e tomou de minhas mãos o guarda-chuva. – Está toda molhada!

- Quem é essa garotinha? – Robbie perguntou, aproximando-se, segurando as baquetas.

- Emma – eu disse – não é linda?

- Muito linda. – Mike disse sorrindo, pegando a garota pela mão e levando-a até o sofá. – Está bem molhada. Se eu der uma camisa minha, você veste? – Ele olhava para ela encantado.

- aham. – Emma sorriu, apertando aqueles olhinhos lindos e grandes.

O Mike então sorriu para a garota, ergueu-se e, virando-se, abriu a porta e foi até o seu apartamento pegar uma camisa.

- Conta, Emma, o que fazia na chuva? – Sentei-me ao lado dela e sorri.

- Meu irmão é muito fã de sua banda e principalmente de você. Ele foi no show que fizeram a duas semanas atrás, mas agora ele está internado com problemas de saúde, não sei quando ele vai sair de lá e o medico disse que o emocional também influencia. O Matt não anda muito bem, tem estado muito triste e por isso, tem piorado muito.

- Ah, entendo. – Abaixei a cabeça fazendo uma reflexão sobre tudo o que ela tinha me dito.

- Quando soube que vocês tinham resolvido ficar para fazer um passeio, me animei bastante e resolvi vir aqui. Estou sentada aí na porta desde sete da manhã. Acordei bem cedo.

- Sete da manhã? – Estava surpresa, porque era quase seis da tarde. – Você deve estar morrendo de fome. Vem aqui comigo na cozinha e então vamos conversar com mais calma.

Tomei a mão dela na minha e fui com ela até a cozinha, deixando o Robbie e o Luk jogando videogame na sala.

- Pode sentar-se aí. – Indiquei uma cadeira e fui procurar algo nos armários. – Me diz, - virei-me para ela – o que posso fazer por seu irmão?

- Eu gostaria que fosse lá visita-lo. Se não for muito incomodo, é claro. – Emma olhava-me com aqueles grandes olhos, que me imploravam.

- Claro que não vai ser incomodo algum. – Sorri colocando as torradas e o pote de geléia sobre a mesa. – fala sobre o teu irmão pra mim?

- Ah isso é bom, muito obrigada, Coke. – Emma animou-se e sorriu. – O meu irmão está fazendo faculdade de engenharia e está estagiando; ele é muito inteligente e bonito. Ele ainda estava dormindo quando eu saí de lá, mas pelo que a enfermeira me disse, neste instante ele já deve estar acordado.

Sorri e abri a geladeira, tirei de lá o suco de uva de caixinha e coloquei sobre a mesa, sentando-me numa cadeira próxima à dela e mostrei-lhe torta de maçã, torta de frango, torradas, biscoito doce, geléia de morango e creme de amendoim.

- Fique à vontade. – E apressei-me em me servir, começando por um pedaço da torta de maçã. – Isso aqui tá muito gostoso. – Disse sorrindo, com a boca ainda cheia.

- A torrada com geléia e creme também. – Emma provava uma torrada com bastante creme de amendoim e geléia.

Começamos a rir, porque nós duas estávamos com o rosto todo sujo e falando com a boca cheia, mas de repente, Emma começou a tossir e reparei que ela estava pálida.

- Voltei. – Mike trazia uma camisa xadrez, de mangas compridas nas mãos e então, entregou-a à Emma. – Pronto, vista logo antes que fique resfriada.

- Vem aqui, vou levar você até o meu quarto para vestir a camisa. – Corri com ela até o meu quarto.

I

Abri os olhos devagar, a vista ainda estava embaçada, mas pude ver aqueles olhos grandes e brilhantes me encarando e sorrindo, apoiada a minha barriga, encarando-me nos olhos, como que querendo me engolir com aquela imensidão verde.

- Bom dia, irmãozinho! – Emma disse escandalosa. – Como está lindo hoje!

Eu dei um sorriso meio bobo, abraçando-a com toda a minha força, trazendo a garotinha para cima de mim e então, ela desequilibrou-se, quase caindo e ria-se, abraçando-me com força.

- Quem é a garotinha mais linda do mundo? – Eu disse tirando-a de cima de mim para facilitar a minha respiração, que já estava difícil.

- Sou eu, eu, eu! – Emma disse num sorriso lindo.

- Isso mesmo! É você, Emy.

Mamãe abriu a porta lentamente, olhando-me com aquele olhar de preocupação e, ao perceber que eu a olhava, abriu um extenso sorriso e veio correndo para me abraçar.

- Filho, você acordou! – Abraçava-me com força, meus ossos pareciam partir-se. Mamãe estava tão mais magra. – Vem, vou te levar ao banheiro.

-Mãe! – Reclamei , olhando-a .

- Filho, você acabou de fazer uma cirurgia, não pode ir andando assim, sozinho. – Ela olhou para mim com ar de reprovação. – Cuidado, você ainda está no soro!

Eu, teimoso como sempre, apoiei-me na cama e levantei-me, pisando ainda um pouco tonto no chão e erguendo-me com dificuldade. Acabei por me desequilibrar e, por pouco, não caí no chão. Mamãe havia me segurado.

- Eu disse para não se levantar sozinho. Mas que garoto teimoso! – Mamãe agarrava o meu braço e começou então a me conduzir até o banheiro, sob o olhar assustado da Emma.

- Valeu mãe – disse, ao chegar à porta do banheiro – obrigada – e entrei com ela no banheiro.

Sentei no vaso com a tampa fechada, fechei os olhos por alguns instantes, lembrando do ultimo show que tinha ido... Estava com a Carly, mas não conseguia tirar os olhos da Coke, a vocalista do kids out of the city. Ela estava muito bonita e a voz dela me impressionava, como sempre e a Carly estava com muitos ciúmes, percebi nos olhos dela, mas não acredito que ela sentiu isso afinal, a Coke é famosa, rica, cheia de amigos e com uma carreira e futuro brilhantes à frente. Não valia a pena tanta coisa.

- Matt, você tá O.K. ? – Era a Carly que enfiara a cabeça dentro do banheiro.

- Tô. – Respondi voltando à realidade.

Com a ajuda da mamãe, levantei-me, escovei os dentes ainda com um pouco de dificuldade em manter-me de pé e fui conduzido para fora do banheiro.

- Matt! - Carly correu, vindo de encontro a mim, abraçou-me com força – Estive preocupada. Eu me senti culpada, Matt, porque você começou a se sentir mal quando eu estava dando um daqueles meus ataques idiotas.

- Ah, tudo bem, Carly. – Afastei-a, segurando em seus dois braços, olhando ainda para ela e forçando um sorriso sem graça. – Olha, Carly, não dá mais.

- O que? – A Carly segurou em meus braços com força, a unha dela começava a cravar na minha pele. – O que disse, Mattew?

- Eu disse que não dá, Carly. – Repeti,soltando-a e tentando soltar os meus braços das unhas dela. – Você é ciumenta e nervosa. Não sabia que era assim e não estou agüentando mais. Agora me solta, Carly! – Disse educadamente, mas firme, olhando-a fixamente nos olhos.

A mamãe e a Emma olhavam a cena, mudas, lábios entreabertos, prontas para atacar a Carly, caso ela quisesse fazer algo, mas não foi preciso. Comecei a ficar tonto e tudo começou a ficar embaçado. Quando dei por mim, estava sentado no chão.

- Olha Matt, não sei o que deu em você! Eu... Eu... Vou embora e deixar você pensar no que disse. Com certeza vai se arrepender, então me liga depois. – Carly estava com a voz engasgada, saiu correndo e bateu a porta com força.

- Maninho – Emma sentou-se ao meu lado, com um olhar preocupado, pegou em minha mão e amparou-a em suas duas mãozinhas. – Vem deitar aqui de volta, mamãe foi chamar a enfermeira. Vou cuidar de você por enquanto, maninho.

Levantei-me com dificuldade e a Emma me conduziu até a cama e eu deitei-me, um pouco incomodado por ainda estar de toalha. Minha irmã afastou meu cabelo da testa e acariciava-me a face, olhando para mim e cantando uma canção de ninar.

- Matt, você gosta daquela banda, né? Kids with gun.

- Kids out the city. – Sorri, ainda tonto, segurando a mão da minha pequena irmã. – Gosto sim, Emy, por que?

- Por nada. – Emma sorriu, levando a mão até a boca e fechando um dos olhinhos, naquele gesto infantil, que ela não abandonara. – Eles ainda estão aqui, sabia?

- É, eu sei. Ei! Como sabe de tudo isso? Andou mexendo em minhas coisas? – Tudo em volta estava embaçado.

- Nada disso, maninho, eu sei que você não gosta que ninguém pegue nadinha seu. Só quero saber . – Emma ria-se, passando agora a mão em meus cabelos. – Fecha os olhos, tá?

“Este foi apenas efeito colateral do sedativo. Vou aplicá-lo outra vez e você irá dormir, então faremos alguns exames e você voltará daqui a três dias, ok? Vai ficar tudo bem. Não se preocupe, fique calmo e assim irá nos ajudar e poderemos acabar com isso da melhor forma.”

Por fim, vi a enfermeira injetar algo em meu soro e aos poucos, fui apagando, sob o olhar verde de minha Emma.







Mattew Robert Williams

meu novo livro chama-se "Coke - coração, voz e violão"
em breve, estarei disponibilizando a comunidade do orkut
para voces entrarem
começarei a postar a partir daqui
beijos
senti saudades de postar :3