terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tudo de verdade



Desfarçadamente, abaixou o livro, olhando por cima dos óculos e dando um sorriso discreto com o canto dos lábios. Conhecia aquele andar, só podia ser ele! "É ele, é ele". Animou-se, ajeitando-se na cadeira, mas uns fios caíam-lhe sobre a face corada, mesmo que ela os retirassem. Passou a mão no rosto, como se isso fosse desfarçar a vermelhidão. Abaixou a cabeça, tentando voltar a ler o seu livro, mas não se concentrava. Foi quando um barulho a fez erguer a cabeça. Não podia ser! Ele puxara a cadeira e estava ali, sentado de frente a ela a encarar-lhe, sorrindo.

-Oi - ele sorriu para ela quando olhou-o assustada.

Ela gaguejou, sorriu, tirou a franja do rosto, suspirou, abaixou a cabeça, ergueu-a, gesticulou, mas nada saiu. Ela não conseguia falar ali, de frente a ele. Então ele pôs a mão sobre a dela e, olhando-a nos olhos, perguntou se estava tudo bem.

-Não.. - ela murmurou, mas ao ver que o rapaz havia se assustado, concertou-se - .. Eu... Só estou um pouco tonta. - Levantou-se mas, com as pernas tremendo, desequilibrou-se e quase caía, mas ele a segurou. - Obrigada, Matheus...

Ele sorriu, mas logo desfez o sorriso, dando lugar a uma expressão preocupada. Disse que não deixaria ela voltar sozinha para casa e convidou-a a sair da biblioteca, mas ela negou-se. Precisou insistir, segurando-lhe as duas mãos. "Vamos, Lara". Então, ela cedeu e resolveu ir, ele argumentou que deveria ser pressão baixa e levou-a a uma lanchonete. "Vai sair comigo". O coração dela disparou ao ouvi-lo e então, abaixou a cabeça com o rosto corado.

Foram até uma lanchonete bem próxima dali, mas ela não queria comer nada, não queria conversar, apenas olhava-o comer um hamburguer e tomar rapidamente o refrigente distraidamente, enquando olhava para o lado de fora sem se dar conta de que ela o encarava. Então, percebeu.

- Por que não quer comer, Lara? - Rindo, passou o dedo de catchup no nariz da garota, fazendo-a rir genuinamente pela primeira vez.

- Sem vontade... - ela pegou o guardanapo e limpou o nariz, ainda olhando-o e então, ele balançou a cabeça para os lados e colocou a mão sobre a cabeça dela.

-Por isso que estava tonta: porque não come!

- Não, não é isso... - ela abaixou a cabeça com o rosto vermelho, apoiando as mãos nos joelhos e empurrando-os um contra o outro pensando no que dizer.

- Claro que é isso! O que mais poderia ser? - ele olha-a, franzindo a testa, intrigado.

- Eu... Eu... Eu gosto de você, Matheus! Desde a primeira vez que o vi na biblioteca, desde que começamos a conversar, desde que notei o quanto é inteligente e sensivel... e incrível! Mesmo sem você nunca ter se interessado por mim, eu sempre gostei de você! Gosto a tempo e não minto: nestas últimas semanas, não passei um dia sem pensar em você! Sei que nunca vai olhar pra mim com outros olhos e eu sou só uma garota timida então, nunca vou ter chance, mas precisava falar porque está sendo tão bonzinho comigo então...

Ela não pode concluir: Matheus estava de pé, com o corpo próximo ao dela, as duas mãos no rosto da garota e os seus lábios próximos ao dela. - Não fala mais nada, Lara, eu sinto o mesmo. - Beijou-a.

Lara segurava-se na cadeira, os olhos fechados, experimentando todas as sensações possiveis que variavam entre extase e alegria, enquanto estava ali, sendo abraçada e beijada por um garoto incrível, por um garoto inteligente, que falava sobre política, que fazia ela rir e tremer de ansiedade e timidez.

- Eu adoro quando fica assim, vermelha. - Matheus olhou-a nos olhos e acariciou-lhe o rosto. - Na verdade, adoro tudo em você, Lara.

O coração dela não poderia estar mais acelerado e a alegria não podia ser contida, precisava explodir então, ela abraçou-o com força.

- Não quero que isto tenha fim! - Ela disse num impulso, fechando os olhos com força.

- Não vai. Você vai ser a minha namorada pra sempre. - Matheus apertou o abraço.

- Namo.. - Lara abriu os olhos, sentindo seu coração disparar.

- Namorada. - Matheus sorriu e tornou a olha-la nos olhos. - Você é linda, sabia?

Lara riu, nervosa e abaixou a cabeça com o rosto corado. Só podia ser sonho! Mas por que então ela se beliscava e não acordava? Era a felicidade vindo chamá-la e ela resolveu aceitar o convite e também aceitou o convite de Matheus de sair a noite para olhar as estrelas. Era o começo de tudo, o resultado de sorrisos, de cócegas, de conversas descontraídas e conversas sérias... Paixão!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ás vezes..

é como se me faltasse o ar. Bom, eu me perco, fico sem chão. Estranho como poucos parecem se importar genuinamente com os meus sentimentos, mas já não me importo muito quanto à isso. As estrelas continuam no céu a olhar para mim e elas me inspiram. São as criaturas mais brilhantes que já vi em toda a minha vida... Elas nunca me deixaram sozinha, sei que posso olhar para o céu e encontrá-las, do mesmo modo que posso olhar para o meu lado e encontrar os meus verdadeiros amigos :3

Pela primeira vez

Olha ao redor, vê que nada está do jeito que deixou. O quarto está empoeirado, sua cama não está forrada, como deixara e o travesseiro, junto com os ursos de pelúcia estão espalhados pelo chão. Não resta muitas alternativas a não ser, arrumar tudo, mas resolve dentro de si que não deixaria como outrora estava, faria mudanças, faria revoluções e assim o fez. A partir daquele dia, passou a sorrir mais, nada tirava o singelo rosto de seu sorriso, embora tivesse preocupações, erguia a cabeça, enfrentava os problemas assim como se enfrenta um dia de chuva quando se precisa sair de casa. Aprendeu a lutar. Aprendeu a crescer. Não era mais a criança de sempre, a arrumação que fizera no quarto de sua mente a ajudara a enxergar o mundo de outra forma. Mas, não continuou assim por muito tempo.

Alguns dias depois encontrou o tal antigo amor, aquele que o fizera sofrer e chorar tanto, que lhe tirara o sono e fizera com que escrevesse poesias mesmo isso não fazendo seu tipo. Correu o mais rápido que pode e enfiou-se em casa, chorando. Com as mãos trêmulas, escondeu o rosto e foi até o seu quarto para que ninguém visse que estava daquele jeito... Para que ninguém visse que a fortaleza, a torre estava frágil. Chorou. Chorou como se estivesse completamente sangrando e foi, aos poucos, torcendo a sua dor até que as lágrimas não mais restaram em si e pôde enxergar, através da janela fechada de seu quarto, uma luz forte. Foi até ela e abriu-a, sentindo os raios de sol em seu rosto. Já não era a mesma. Crescera. Tivera de aprender a ser como adulto, mesmo tendo apenas 16, mas tinha dado o seu melhor e tinha consciência disso. Foi no banheiro e lavou o rosto. Saiu.

Semanas depois, lá estava rindo, correndo pela rua de mãos dadas com uma amiga. Pôde enxergar além de tudo o que antes previra, havia descoberto algo que supera tudo, algo que muda, que move montanhas, quebra preconceitos: o verdadeiro amor. Amor de verdade, parte de um abraço, um carinho, um sorriso sincero... essas coisas vem com o tempo e surgem de amizades. Olhando nos olhos de sua amiga, disse que jamais a deixaria, que estaria sempre ali, que seria forte por ela e lutaria contra seus fantasmas para que pudesse suportar. E fariam isso juntas. Prometeu silenciosamente que cresceria de verdade, nada mais faria com que ela regredisse. A vida deve ser vivida, aproveitada, precisamos sorrir todos os sorrisos.

Foi assim, que aprendeu o segredo da verdadeira felicidade, a verdadeira mudança, o espírito correto da coisa. Os sonhos continuariam e não deixaria de se apaixonar, de correr, de tentar. Sabia que iria cair, mas não se deixaria abater, iria levantar-se sempre. Iria ser grande, pela primeira vez.





escrito pela Tetty :D

domingo, 21 de agosto de 2011

Promise the Stars (Prometer as estrelas) - we the kings


Vamos decolar e voar
E correr pelo céu
E como as centenas de aviões
Estamos flutuando cada vez mais alto

Nunca olharemos para baixo
Vamos construir nossa própria cidade
E como as milhares de nuvens
Nunca tocaremos o chão

Mas você arriscaria alguns ossos quebrados
Apenas para fazer deste lugar o seu lar?
Esse poderia ser nosso lar

Bem, talvez eu esteja muito baixo
Talvez eu esteja muito alto
Talvez eu tenha perdido a cabeça
Você sabe que não há outros dois corações
Mais próximos que os nossos
Talvez você me siga
Talvez você fique
Estou rezando para você não se entregar
Você sabe que é a única
A quem eu prometeria as estrelas
Você é

Com as suas mãos nas minhas
Nós vamos navegar pela noite
E como as dezenas de naves espaciais
Vamos dançar com satélites

Nós manteremos nossos olhos fechados
E não vamos nos soltar
E com os milhões de estrelas
Nunca estaremos sozinhos

Mas você arriscaria alguns ossos quebrados
Apenas para fazer deste lugar o seu lar?
Esse poderia ser nosso lar

Bem, talvez eu esteja muito baixo
Talvez eu esteja muito alto
Talvez eu tenha perdido a cabeça
Você sabe que não há outros dois corações
Mais próximos que os nossos
Talvez você me siga
Talvez você fique
Estou rezando para você não se entregar
Você sabe que é a única
A quem eu prometeria as estrelas
Você é

E eu, eu
Quero você, meu único amor
E eu, eu
Quero você, meu único amor

Bem, talvez eu esteja muito baixo
Talvez eu esteja muito alto
Talvez eu tenha perdido a cabeça
Você sabe que não há outros dois corações
Mais próximos que os nossos
Talvez você me siga
Talvez você fique
Estou rezando para você não se entregar
Você sabe que é a única
A quem eu prometeria as estrelas (X3)





domingo, 24 de julho de 2011



Menina, você vai fazer falta, sabia? Sua voz inconfundível, o estilo e aquele sorriso que custava a aparecer, mas quando aparecia... cara... iluminava mundos! Porque você não foi modinha, você foi para quem realmente curtia música boa, para quem conseguia ver em você além das loucuras, além das tatoos, além do cabelo, além do vício das drogas... Era... Ou melhor, é, para aqueles que não veem em você uma drogada, mas uma cantora talentosa, que precisava de ajuda. Mas tenho esperança de que sua voz jamais morrerá!

sábado, 18 de junho de 2011

Finalmente...

férias! Achei que essa porcaria não ia ter fim. Na verdade, este ano está sendo [ com vossa desculpa] um ano atormentado pelo capeta, porque não é possivel! Mas enfim, né.

Falando seriamente aqui, tantos obstáculos a serem pulados, que estou muito cansada e estava realmente precisando de férias, de aposentar a mochila cor-de-rosa, o uniforme chato, a sala barulhenta e o colegio entediante... Fatigante! Ia ser bom se desse para tirar férias das pessoas, daí seria ainda melhor, não acham? Eu acredito que sim... Não sei, né, tem gente que gosta de gente enquanto eu, sou super antissocial e claustrofóbica [se ser antissocial já não fosse o suficiente].

Ah, se todos os problemas mundias pudessem ser resolvidos apenas com férias! Puff, eu e essa minha conversa surrada de resolver os problemas mundias... Tão irritante! Pareço político, às vezes, de tanta repetição e essa busca incansável por soluções. Ah, e o extremo pessimismo... Aiai... mas isso é conversa para outro dia. Hoje não, hoje não quero expressar minha tristeza, nem minha revolta com o mundo. Só quero ficar contente por estar de férias e isso já é de bom tamanho!

E para voces que ainda não estao de ferias... MORRAM DE INVEJA, GENTE FEIA! eh isso aí



beijo beijo babado em suas bochechas gordas e macias :3

domingo, 1 de maio de 2011

nyaaaaa que saudades de postar aqui *--* saudade dos meus queridos leitores [que são poucos -fato] mas enfim!!!!
AAA estive fazendo simulado no colégio, uma loucura! Estudando, resolvendo algumas coisas,bom,ando meio sem tempo e acabei deixando o notebook com minha irmã e ela apagou muita coisa que tinha aqui, incluindo o meu livro ¬¬' mas tudo bem! Prometo nao deixar ninguem na mão, eu vou tentar re-escrever tudo direitinho outra vez
Fica um graaaaande beijo
kisu kisu até mais